Cláusulas insubordinadas: um breve olhar interlinguístico http://interfas.univ-tlse2.fr/reflexos/1314 O presente artigo tem por objetivo analisar a estrutura formal de cláusulas insubordinadas (EVANS, 2007) encontradas em folhetins do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro e de Figaro do século XIX. A noção de insubordinação proposta por Evans (2007) acolhe um olhar que entende o fenômeno em análise como resultado de processo diacrônico de mudança. Nessa perspectiva, entendemos que a proposta funcionalista de análise de cláusulas contempla a insubordinação uma vez que prevê, no contexto da hipotaxe, processos de articulação de cláusulas que levam em conta critérios como a dependência semântica e o encaixamento formal. Partimos do pressuposto de que tanto nas estruturas encontradas em português quanto naquelas em francês é possível traçar certa coincidência nos padrões formais. No caminho de tal verificação, levamos em conta cinco critérios formais, que são: 1. introdutor da cláusula insubordinada; 2. pontuação antecedente à cláusula insubordinada; 3. modo verbal da cláusula insubordinada; 4. forma verbal da cláusula insubordinada; 5. relação da cláusula insubordinada com material linguístico do entorno. Os resultados obtidos em cada um deles, bem como o cruzamento de critérios, permitiram que observássemos congruência entre as escolhas formais para as cláusulas insubordinadas nos folhetins coletados de ambos os jornais. Isso revela que há uma tendência formal, no corpus, para a realização da insubordinação. Le présent article a comme objectif l’examen de la structure formelle des clauses d'insoumission (EVANS, 2007) trouvées des roman-feuilletons publiés dans le Jornal do Commercio do Rio de Janeiro et du Figaro du XIXe siècle. La notion d’insubordination proposée par Evans (2007) accueille un regard qui comprend le phénomène analysé comme le résultat d’un processus de changement diachronique. Dans cette perspective, nous comprenons que la proposition fonctionnaliste de l’analyse des clauses envisage l’insubordination puisqu’elle prévoit, dans le contexte de l’hypotaxe, des processus d’articulation des clauses qui tiennent compte de critères tels que la dépendance sémantique et l’enchâssement formel. Nous partons de l’hypothèse qu’il est possible de retrouver une certaine coïncidence dans les modèles formels des structures en portugais et en français. Pour vérifier notre hypothèse, nous prenons en compte cinq critères formels, qui sont : 1. l’introducteur de la clause insubordonnée ; 2. la ponctuation précédant la clause insubordonnée ; 3. le mode verbal de la clause insubordonnée ; 4. la forme du verbe de la clause insubordonnée ; 5. la relation de la clause insubordonnée avec le contexte linguistique environnant. Les résultats obtenus dans chacun d’eux, ainsi que le croisement des critères, nous ont permis d’observer une congruence entre les choix formels des clauses d’insubordination dans les roman-feuilletons collectés les deux journaux. Cela révèle qu’il existe une tendance formelle, dans le corpus, à la réalisation de l’insubordination. This paper aims to examine the formal structure of insubordinate clauses (EVANS, 2007) found in newspaper serials from the Jornal do Commercio do Rio de Janeiro and the Figaro from the nineteenth century. The notion of insubordination proposed by Evans (2007) includes a view that understands the phenomenon as a result of a diachronic process of change. From this perspective, we learn that the functionalist proposal of clause analysis encompasses insubordination since it predicts, in the context of hypotaxis, clause combining processes which take into account criteria such as semantic dependence and embedment. We assume that both the structures found in Portuguese and those found in French make it possible for us to outline some coincidences when it comes to formal patterns. With a view to testing our hypothesis, we have designed five formal criteria, which are: 1. insubordinate clause opener; 2. punctuation preceding the insubordination clause ; 3. verbal form of the insubordinate clause; 4. verb tense of the insubordinate clause; 5. link between the insubordinate clause and the surrounding linguistic material. The results from each, as well as the combination of these criteria, have allowed us to understand the congruence between the formal choices in insubordinate clauses found in both newspapers’ serials. This reveals a formal trend in the corpus towards the production of insubordination. Tous les numéros Variação linguística nos espaços de língua portugu... fr lun., 16 janv. 2023 16:10:27 +0100 mer., 19 avril 2023 12:45:49 +0200 http://interfas.univ-tlse2.fr/reflexos/1314 0